Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo

Notícias

25/02/2022 - 17h05

Para caminhoneiros, projetos não resolvem alta de combustíveis

Líderes da categoria classificam redução de tributos como uma medida “paliativa” e “eleitoreira”...

Caminhoneiros avaliam que os projetos discutidos no governo e no Congresso Nacional para reduzir os preços dos combustíveis não resolvem o problema. Dizem que o corte de tributos pode amenizar só por um período. Para eles, a solução definitiva está na revisão da política de preços da Petrobras. O aumento dos preços dos combustíveis foi discutido (19/02) por lideranças caminhoneiras, em reunião em Goiás. A conclusão foi de que os projetos que podem ser votados nos próximos dias pelo Congresso Nacional são “paliativos” e “eleitoreiros”.

As propostas falam em redução dos impostos que incidem sobre os combustíveis, além da criação de um fundo de estabilização de preços As propostas falam em redução dos impostos que incidem sobre os combustíveis, além da criação de um fundo de estabilização de preços. 

Para os caminhoneiros, a melhor maneira de conter a alta dos combustíveis seria mudar a política de preços da Petrobras. Por isso, eles pedirão que os candidatos à presidência da República se posicionem em relação a essa proposta. Além disso, prometem lançar candidaturas nas eleições de outubro, para tentar ampliar a presença no Legislativo e, assim, tentar colocar em debate projetos que interessam à categoria. PETROBRAS “Reduzir os impostos ameniza os preços, mas a redução pode ser consumida na sequência se o dólar e o petróleo subirem. É uma medida paliativa, porque não atinge o cerne da questão. O cerne da questão é a política de preços da Petrobras, de paridade internacional”, afirmou o diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), Carlos Alberto Litti Dahmer.
“O projeto que discute uma taxa fica para o ICMS, que está no Senado e tem tido apoio do governo, é uma proposta eleitoreira, para o presidente Bolsonaro jogar a população contra os governadores. Não resolve o problema, porque não mexe no preço do barril de petróleo e do dólar”, afirmou o deputado Nereu Crispim (PSL-RS).

Ele é coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista no Congresso Nacional. Um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018 e presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim, o Chorão, também se posicionou contra os projetos discutidos em Brasília nesta semana.

Em nota, ele disse que os projetos são paliativos e ainda irão consumir recursos públicos. O projeto que estabelece uma taxa fixa para o ICMS afeta a arrecadação dos Estados, já o projeto que cria um fundo de estabilização de preços pode receber recursos do Tesouro ou da Petrobras.
“É um perde-perde e quem mais sofre é a população mais pobre. Chega de tapar o sol com a peneira. O governo precisa impor uma mudança na política de preços da Petrobras, parar de atrelar os custos da nossa matriz de combustíveis ao dólar, prejudicando muitos para enriquecer poucos”, afirmou Chorão. Ele disse ainda que a revisão do PPI (preço de paridade de importação) da Petrobras “é o que tem que ser enfrentado” e pediu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha coragem de tratar essa questão. “Escute os caminhoneiros, a eleição está chegando e o diesel não para de subir”, disse.

​Fonte - Poder360
Imprimir Indicar Comentar

« Voltar
Newsletter

Cadastre-se e receba periodicamente a nossa newsletter em seu e-mail

Atualize o seu navegador. Mais segurança para você.
Mais liberdade aos desenvolvedores.
BAIXE
AGORA
Fechar